A cada dia, médicos de todo o país relatam novos casos de agressão física e verbal em seus locais de trabalho. E o mais alarmante: essa violência tem se tornado rotina. Segundo o Conselho Federal de Medicina (CFM), 12 médicos são agredidos por dia no Brasil, em um cenário que já não distingue se a unidade de saúde é pública ou privada.
Agressões viraram parte do plantão médico
O ambiente hospitalar, que deveria ser de cuidado, tem se tornado campo de ameaças. Profissionais relatam tapas, socos, ameaças e xingamentos, inclusive na frente de outros pacientes. A sensação de insegurança é constante, afetando a saúde física e emocional dos médicos.
Faltam segurança e estrutura nas unidades de saúde
Muitos hospitais e UPAs contam apenas com seguranças patrimoniais, que não estão autorizados a intervir em situações de violência. A ausência de agentes da segurança pública ou protocolos específicos agrava o problema. Quando algo acontece, o médico é deixado à própria sorte.
Responsabilização indevida agrava o cenário
Além da violência direta, o médico ainda é tratado como culpado por problemas estruturais, como falta de medicamentos, filas e demora no atendimento. A população, frustrada com o sistema, desconta no profissional que está na linha de frente — o que é injusto e perigoso.
O medo de denunciar impede mudanças
Boa parte dos médicos agredidos escolhe não registrar boletim de ocorrência por receio de retaliações, processos ou simplesmente por não acreditar que algo será feito. Esse silêncio contribui para a subnotificação e perpetua a impunidade.
Projeto de lei busca proteger profissionais da saúde
Em resposta à escalada da violência, o Projeto de Lei 6.749/2016 foi aprovado na Câmara e segue agora para o Senado. Ele prevê o agravamento das penas para agressores de profissionais da saúde no exercício de sua função. Também está em discussão a criação de delegacias especializadas e a obrigatoriedade de que diretores técnicos comuniquem a polícia em casos de agressão.
O que o médico pode (e deve) fazer ao ser agredido
Mesmo com o cenário difícil, todo médico agredido tem o direito de buscar amparo jurídico. É possível:
- Registrar boletim de ocorrência e exame de corpo de delito;
- Comunicar formalmente a direção técnica do hospital;
- Notificar o CRM da região;
- Buscar apoio jurídico especializado para garantir sua proteção e responsabilizar o agressor.
A violência contra o médico impacta toda a sociedade
Quando um médico é afastado por trauma, pânico ou agressão, a população é prejudicada. Menos profissionais disponíveis significa menos atendimento, mais filas e maior insatisfação. É um ciclo que precisa ser interrompido com seriedade, segurança e suporte legal.
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