O que fazer quando a clínica é responsabilizada por um erro que não cometeu

Nos últimos anos, o número de ações judiciais contra clínicas médicas aumentou — muitas vezes por erros que não foram cometidos diretamente pela instituição, mas sim por profissionais autônomos que utilizam o espaço. Essa situação levanta uma dúvida comum entre gestores de saúde: a clínica pode ser responsabilizada por algo que não fez? E, se for, como se defender?

Neste artigo, o escritório Silva Pimenta, especializado em Direito Médico, explica como agir quando a clínica é indevidamente envolvida em um processo judicial ou denúncia ética por falha de terceiros.

Responsabilidade objetiva ou subjetiva: o que muda na prática

Para entender o risco, é importante diferenciar dois tipos de responsabilidade:

  • Objetiva: a clínica responde independentemente de culpa, quando há vínculo direto com o paciente — por exemplo, quando ele agenda o atendimento pela central da clínica, paga diretamente à clínica ou é atendido por um funcionário contratado.
  • Subjetiva: exige comprovação de culpa. É o caso comum quando o atendimento é feito por um médico autônomo, que apenas utiliza o espaço físico da clínica, sem vínculo empregatício.

Apesar dessa distinção, muitos juízes — especialmente com base no Código de Defesa do Consumidor — responsabilizam a clínica solidariamente, mesmo sem participação direta no atendimento. Por isso, a prevenção e a defesa devem ser muito bem conduzidas.

O que fazer ao ser responsabilizado por erro alheio

Se sua clínica foi citada em uma ação por suposto erro médico, ainda que cometido por um profissional independente, siga estes passos:

  1. Reúna toda a documentação: contratos com o profissional envolvido, prontuários, registros de agendamento e recibos são essenciais para demonstrar como se deu a relação com o paciente.
  2. Demonstre a autonomia do médico: se o profissional não é empregado da clínica, isso deve estar comprovado no contrato e nas provas de rotina (pagamentos diretos ao médico, agendamento externo, ausência de subordinação).
  3. Produza uma defesa técnica com advogado especializado: é comum que clínicas que se defendem sozinhas percam por falhas de argumentação. A expertise jurídica em Direito Médico é decisiva para demonstrar ausência de responsabilidade.
  4. Se necessário, proponha reconvenção ou denunciação à lide: mecanismos processuais que transferem a responsabilidade ao verdadeiro autor do erro.

Como se prevenir contra novas responsabilizações

Mesmo sem culpa, a clínica pode ser envolvida em processos se não tiver uma estrutura jurídica preventiva adequada. Por isso, recomendamos:

  • Contratos claros com todos os médicos autônomos, deixando expresso que não há vínculo empregatício e que a responsabilidade pelos atendimentos é pessoal do profissional;
  • Comunicação clara com os pacientes, destacando que os serviços são prestados por terceiros;
  • Documentação organizada, com prontuários bem preenchidos e sistemas digitais com logs de acesso;
  • Atendimento jurídico preventivo, com revisão periódica de documentos e protocolos.

Silva Pimenta: defesa jurídica para clínicas e consultórios

O escritório Silva Pimenta atua na defesa de clínicas médicas e consultórios em todo o Brasil, com foco em ações judiciais, sindicâncias no CRM e estruturação jurídica preventiva.

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