Se você é médico e possui mais de um vínculo profissional — como hospitais, clínicas e consultórios — existe uma grande chance de estar pagando valores ao INSS acima do teto permitido. Isso ocorre com frequência e, muitas vezes, de forma silenciosa, sem que o profissional perceba.
A boa notícia é: você tem direito à restituição desses valores pagos indevidamente nos últimos cinco anos.
O que é o teto do INSS e por que ele importa para médicos
O teto do INSS representa o valor máximo sobre o qual incidem contribuições previdenciárias. Em 2023, esse limite foi de R$ 7.507,49. Qualquer valor que ultrapasse isso não gera aumento nos benefícios previdenciários — ou seja, você paga mais e não recebe nada a mais por isso.
Quando o médico atua com múltiplos vínculos empregatícios, cada instituição realiza o desconto do INSS separadamente, sem considerar o valor total recebido. Isso leva a um excesso de contribuição, que é passível de restituição.
Por que médicos são os mais afetados
Médicos estão entre os profissionais que mais acumulam fontes de renda simultâneas. Cada vínculo desconta o INSS sem saber o que o outro já reteve, e a falta de integração entre sistemas faz com que o profissional pague mais do que o devido.
Além disso, quando há prestação de serviços como autônomo (contribuinte individual) combinada com vínculo CLT, o risco de ultrapassar o teto aumenta ainda mais.
Você pode recuperar tudo o que pagou a mais nos últimos 5 anos
A legislação previdenciária é clara: ninguém deve contribuir acima do teto do INSS. Se isso acontece, o profissional tem direito à restituição dos valores excedentes, corrigidos pela taxa SELIC.
Esse valor pode ser restituído diretamente pela Receita Federal, por meio do sistema PER/DCOMP Web, ou — caso haja negativa ou demora injustificada — por meio de ação judicial.
Como funciona o processo de restituição
- Análise detalhada das contribuições: o primeiro passo é verificar mês a mês, nos últimos cinco anos, quanto foi pago em cada vínculo e quanto ultrapassou o teto do INSS.
- Escolha da fonte principal de contribuição: o médico pode informar às instituições qual delas será a responsável pelo recolhimento até o limite permitido.
- Solicitação pela Receita Federal: o pedido pode ser feito online, com certificado digital.
- Ação judicial em caso de negativa: se a Receita não devolver o valor administrativamente, o caminho é a Justiça — e o médico pode incluir pedido de indenização, se houver prejuízos.
Quais documentos são necessários
- CNIS (extrato previdenciário);
- Holerites ou comprovantes de pagamento;
- Informes de rendimentos;
- CPF e dados bancários;
- Cálculo detalhado dos valores pagos a maior (com correção).
Por que contar com um advogado especializado
Apesar de o direito à restituição ser garantido, o processo pode ser técnico e burocrático. Um advogado especialista em direito médico e tributário pode realizar todo o cálculo, estruturar o pedido e acompanhar o processo de ponta a ponta, aumentando as chances de êxito e economizando seu tempo.
Além disso, esse profissional pode orientar preventivamente como evitar novos descontos indevidos, formalizando a escolha da fonte pagadora e comunicando as instituições corretamente.
Você pode estar deixando milhares de reais para trás
Médicos que atuam em mais de um local por muitos anos sem revisar os descontos do INSS costumam ter valores expressivos a restituir — muitas vezes acima de R$ 10 mil ou R$ 20 mil. Esse dinheiro pode ser reinvestido na carreira, no consultório ou até utilizado para seu próprio bem-estar.
Conclusão
Se você é médico e tem mais de um vínculo profissional, é hora de verificar se está pagando INSS acima do teto permitido. Caso isso esteja acontecendo, você tem direito à restituição dos valores pagos a mais, com correção monetária. O processo pode ser feito administrativamente ou judicialmente, e com o suporte de um advogado especializado tudo se torna mais rápido, seguro e eficaz.
Quer saber quanto você tem direito a receber de volta? Entre em contato com nosso escritório e receba uma análise gratuita. Estamos aqui para proteger seus direitos e seu patrimônio.