A busca por procedimentos estéticos, especialmente cirurgias plásticas, tem crescido significativamente no Brasil. Contudo, com o aumento da demanda, também crescem os litígios envolvendo resultados insatisfatórios ou complicações inesperadas. E é justamente nesse cenário que surgem questões jurídicas delicadas envolvendo a responsabilidade civil do médico.
A natureza jurídica do procedimento estético
Diferentemente de intervenções médicas com finalidade terapêutica, os procedimentos estéticos geralmente são eletivos e realizados por vontade do paciente. Isso faz com que muitos tribunais, inclusive o Superior Tribunal de Justiça, entendam que, nesses casos, o médico assume uma obrigação de resultado, ou seja, ele se compromete não apenas a aplicar corretamente a técnica, mas a atingir um resultado previamente prometido.
Com isso, em situações de insatisfação do paciente ou de danos estéticos, inverte-se o ônus da prova: presume-se que houve falha médica, cabendo ao profissional demonstrar que o insucesso decorreu de fatores alheios à sua atuação ou que os riscos foram devidamente esclarecidos.
Consentimento informado como ferramenta de proteção
O consentimento informado é peça-chave nesses casos. O médico deve fornecer todas as informações ao paciente de forma clara e acessível: riscos, benefícios, limites técnicos, tempo de recuperação e até mesmo a possibilidade de o resultado não atender às expectativas.
Um termo de consentimento detalhado, assinado antes do procedimento, pode ser decisivo para afastar a alegação de negligência, imprudência ou imperícia.
Particularidades dos erros em cirurgias plásticas
Além da obrigação de resultado, os procedimentos estéticos têm outra peculiaridade: os danos costumam ser visíveis e subjetivamente impactantes. Isso aumenta a chance de o paciente buscar indenização por danos morais e estéticos, mesmo quando o procedimento não resultou em riscos à saúde.
Entre os erros mais comuns estão assimetrias, cicatrizes, infecções, lesões nervosas e retrações, muitas vezes associadas a falhas no planejamento cirúrgico ou acompanhamento pós-operatório.
A importância de assessoria jurídica preventiva
Para os profissionais que atuam na área estética, a assessoria jurídica preventiva é indispensável. Desde a elaboração de termos de consentimento até a revisão de campanhas publicitárias e contratos com clínicas, o suporte jurídico pode evitar ações judiciais ou preparar a defesa com maior robustez.
Como o Escritório Silva Pimenta pode ajudar
O Escritório Silva Pimenta é especializado na defesa de médicos em processos judiciais e éticos. Atuamos com foco na responsabilização profissional em procedimentos estéticos, com experiência em casos que envolvem danos estéticos, obrigação de resultado, erros em cirurgias plásticas, ausência de consentimento informado e outros temas sensíveis da prática médica.
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